segunda-feira, 23 de março de 2009

Ontem eu estive em Ouro Preto mais uma vez. Fomos para levar a minha mãe, que era doida para conhecer a cidade. Caminhar por aquelas ladeiras é um exercício muscular que exige da gente muito mais que disposição; é necessário preparo físico de atleta porque as ruas e vielas são íngremes e cansativas. Ontem à noite as minhas pernas pareciam de gelatina.
Na outra vez em que estivemos na cidade, estava frio e chuvoso, com neblina permanente e muito vento. Ontem, o sol apareceu.
Adoro Ouro Preto. As construções, a história, o barroco e o clima antigo da cidade mexem com a minha imaginação, deixam várias engrenagens se mexendo aqui na cachola.
Ontem, especialmente, parei em frente à Igreja das Mercês e Misericórida, cujo "quintal", um cemitério tão antigo quanto a igreja, foi palco de um homicídio pavoroso, em 2001 (referência aqui), o que culminou no fechamento do templo para visitação. Fiquei por muito tempo pensando na barbárie, que parece estar pulsando ali ainda, e me dei conta que o ser humano, de fato, me decepciona muito.
De qualquer forma, a cidade vale a visita. Viagem no tempo garantida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho muitas saudades de Ouro Preto. Não sei se ainda há o evento, mas em 78, estive lá, no Festival de Inverno, que acontecia todos os anos. Além de receber estudantes e jovens de toda parte do Brasil naquele evento, a cidade em sí era repleta de repúblicas de estudantes, até do exterior. O clima da cidade era efervescente e caminhar pelas ruas de lampiões, subindo e descendo ladeiras nos emocionava. O bom disso tudo é saber que, se retornasse lá hoje, vou encontrar a cidade do jeito que ví em 78.

* Uns 10 anos ou mais, houve uns 3 crimes na Itália, cometidos por jovens que se diziam membros do satanismo. Um caso em especial, duas adolescentes mataram uma freira. E eu pensando que fosse um fenômeno só local...