Ontem comi o melhor risoto da minha vida e fui eu mesma que fiz.
Ando meio cansada de comer fora, principalmente comida cara e ruim. Depois de uma semana cansativa, acho que tava na hora de comer algo em que eu pudesse me apoiar e sentir conforto, com aquela sensação de "enfim, chegou a sexta-feira".
Comprei um arroz arbóreo da marca Pagannini cujo preço não me lembro, mas foi algo em torno de R$ 10 (não é 100% em aparência, com alguns "sujinhos", mas ótima textura) e usei queijos de sobraram da pizza de semana passada com R. e @tatals. A ideia era fazer com camarão, mas rolou uma preguiça e a necessidade de aproveitar os queijos.
Enquanto a gente beliscava pãozinho com azeite, uma ricota com tomate que R. adora (eu também) e Salton linha básica brut geladinho (R$ 16,90, excelente custo-benefício), coloquei pra ferver água com um galhinho de alecrim e um talo de salsão pequeno da minha micro-horta, além de um pouco de sal marinho (pouco mesmo, tipo 1 colher de sobremesa rasa para 1,5 l de água). Não usei caldo de legumes industrializado por causa do sódio em excesso, e a "água aromatizada" ficou perfeita.
Piquei uma cebola pequena beeeem fino, 2 dentes de alho em quadradinhos obsessivamente pequenos (tava inspirada ontem), coloquei um tanto de azeite (no olho, mais ou menos 2 colheres) numa panela pequena mais grossa, uma colherada de manteiga e pus emm fogo baixo pra cebola ficar transparente.
Pus 1 e 1/2 xícara do arroz e fui mexendo até ficar brilhoso, isso com o fogo um pouco mais alto. Aí veio o pulo do gato: joguei uma golada do espumante na panela e subiu um aroma que se eu te contasse você não acreditava. Mexi mais e quando evaoporou, fui colocando a água de ervas (sem as ervas, óbvio) aos poucos e mexendo. Nesse intervalo, o espumante subiu também à cabeça e ficamos felizes como há muito não ficávamos. Aproveitei que ainda tinha alguma coordenação motora e ralei um punhado de um parmesão pouco salgado que tive a sorte de achar e piquei o brie (mais ou menos 60g de cada, pouquinho mesmo).
Quando o arroz tava no ponto (2 segundos mais macio que o al dente tradicional), coloquei outra colher de manteiga, os queijos, um punhado de manjericão que peguei na hora na micro-horta e rasguei mais ou menos com a mão, mexi e levei pra mesa.
Como o espumante já tinha acabado (oh, nem sei como!), abrimos um Altas Cumbres Viognier 2008 (R$ 26,90 no Mart Plus, ótimo vinho, muito refrescante) geladinho, servi o risoto e finalizei com azeite La Rioja 0,1% de acidez. Quando eu provei, pensei em várias coisas, mas o que me foi mais claro foi "putz, esse negócio ficou perfeito". R. também adorou. Cremoso sem ser oleoso, e no ponto ideal. Perfeito, e sem modéstia. Rendeu 2 bons pratos que alimentariam até um pirata somali.
Dormimos ligeiramente tontos, mas felizes e bem alimentados. Que ótimo encerramento de semana, viu?
Se eu fosse você, fazia aí na sua casa também.
3 comentários:
Mamma mia, alta gastronomia e cuidados de dar inveja aos italianos! Perfeita!
Cê sabe que eu comi um risoto de espumante na casa de uma italiana que adora cozinhar - o que não é novidade nesse povo - , mas o risoto tava azedíssimo de tanto que ela jogou no arroz. Bateu a italiana, Adrina! (O que não é pouco, se sabe).
Ah, eu joguei a modéstia às favas nesse post porque ficou bom demais!
Fiquei aguando aqui, Adrina - que coisa linda esse seu risoto!
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