terça-feira, 30 de março de 2010

Podem me chamar do que for, mas tem coisas sobre as pessoas que eu gosto que eu prefiro não saber. Fumar maconha, por exemplo, é uma delas.
Não precisam me desfiar um discurso sobre livre arbítrio e o escambau, porque eu sei exatamente que a pessoa faz o que quer da própria vida e com o próprio dinheiro. O meu conceito sobre uso de drogas ilícitas é bem pessoal e não quero impô-lo a ninguém, apenas quero expressar o que sinto.
A minha família foi desfeita, em parte, por uma esquizofrenia sem controle, e em parte por problemas com drogas. Eu perdi meus pais aos dois anos e pouco de idade porque eles simplesmente não tinham controle da própria vida; eram usuários e deixaram sua vida (e a minha) toda ferrada por causa disso.
Posteriormente, pessoas muito próximas tiveram problemas muito sérios que refletiram na minha vida de forma muito marcante (sim, o "muito" é repetitivo, mas sem ele não consigo dar a ênfase que quero), então eu simplesmente não consigo ver maconha, ácido, cocaína ou outra porcaria dessa como algo de uso recreativo.
Recreativo é a puta que pariu.
Coisas recreativas não matam as pessoas, não destroem famílias, não fazem cidades como o Rio de Janeiro reféns. Coisas recreativas não deixam as pessoas loucas a ponto de bater em outras, de colocá-las para fora de casa com a roupa do corpo, de abandonar seus filhos na porta de alguém dizendo que um dia voltariam para buscar sem nunca mais voltar. Eu passei por isso e sei bem do que estou falando.
Assim, se você é meu amigo e usa qualquer tipo de droga ilícita de forma frequente, por favor, não me conte. Eu não quero deixar de gostar de você. Desculpe, mas eu não consigo pensar diferente nesse sentido. Não é só com você, é com todo mundo.
Também não tente me convencer dizendo que as pessoas reagem de forma diferente às drogas, que o álcool também altera as pessoas, que o cigarro também mata. Obrigada, mas não quero conhecer os seus argumentos. Se você vai me achar preconceituosa e vai me odiar, eu lamento, e vou rezar por você (ah, sim, eu também tenho esse defeito, eu acredito em Deus).
Repito: se você usa drogas ilícitas, por favor, não me conte.

Um comentário:

cks disse...

Eu penso como vc.
Não tenho dó de dependentes de drogas. Experimentou pq quis. Hoje em dia, tem tanta propaganda, só entra nessa quem quer.