sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Outro assunto que me intriga, e que eu quero estudar mais a fundo, apesar de sociologia não ser a minha área, é a prostituição.
Se alguém tiver algum livro ou artigo para me indicar, eu agradeço.

2 comentários:

cks disse...

eu acho que essa deve ser a maior infelicidade de uma pessoa. não tou falando dessas brunas surfistinhas da vida; tou falando das prostitutas pobres, que se sujeitam a ficar com os tipos mais asquerosos em troca de $ (muitas vezes, pouco $).
uma vez, voltando de um show de rock, passamos pela rua augusta e tava forrado de prostis, traveco, enfim. o pessoal começou a tirar um sarro e eu e minha outra amiga, ficamos sérias. qdo percebi, tava chorando. fiquei imaginando a solidão que devem sentir, no medo, na violência que sofrem. pode ser coisa da minha cabeça, de repente, nem sentem mais nada. e isso sim é triste: não sentir mais nada.

LuMa disse...

Conhecí uma prostituta há uns 20 e passa anos, com quem ficamos conversando a longo. Suas histórias dariam um livro, mas entre outras coisas, o que mais me chocou foi saber que os clientes mais sacanas são de classe média-alta e alta. Muitos destes, tiram o pior dos seus caráteres e buscam, mais que o sexo, o prazer na humilhação e demonstração de poder. São herdeiros da cultura de senzala e do coronelismo, que desafogam suas frustrações sobre os mais fracos da escala social. Eles usam da violência física, literalmente. Com exceção àquelas escravisadas, forçadas a se prostituir, tenho respeito por muitas delas. Elas cobram pelo serviço, enqto há mulheres 'comuns' que metaforicamente se prostituem muito mais. Profissionalmente, emocionalmente ou socialmente, não acha? Uma 'escaladora social', uma atriz de terceira categoria indicada para a novela graças às 'indicações', mulheres que continam apanhando dos maridos, profissionais que papam o diretor para obter ascensão profissional, etc, etc e etc. Pessoalmente admiro as prostitutas porque elas não pisam na cabeça de ninguém e se fazem valer cobrando por um serviço de embrulhar o estômago, muitas vezes.