segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Eu gosto de tatuagem. Tenho uma desde 2003, nas costas, da qual me orgulho, já que é um desenho legal e ficou muito bem feito, e quero fazer mais uma (ainda não decidi onde nem o desenho). Minha irmã "do meio" e minha mãe têm tatuagens.
Escrevo isso porque eu encontrei um blog interessante, de uma garota que ama tatoo, piercing e outras modificações corporais: Red Hair Tatto. Li neste blog alguns posts sobre modificação corporal, digamos, mais extrema. São implantes de chifes, relevos e outros "objetos" sob a pele, além de alargadores nasais e de orelha, produção de cicatrizes e bifurcação da língua. Longe de mim fazer pré julgamentos, e quem lê este blog sabe que eu odeio preconceitos, mas algumas questões se colocam a mim quando vejo fotos de pessoas com aparência muito alterada, e olha que não acho que imagem seja mais importante que conteúdo.
O primeiro caso é o da bifurcação da língua, e o outro, dos implantes em forma de chifre. Pelo que li no blog citado, e também pelas minhas conclusões pessoais, acredito que alguém com transformações tão exóticas e aparentes deve ter alguma dificuldade com trabalho formal e tradicional. Na minha profissão, por exemplo, acho que alguém portando chifres de silicone ou com a língua dividida ao meio não seria tão bem recebido em fóruns e tribunais.
Outra questão que me pisca à frente é o tempo. Sim, o tempo, que passa e nos deixa mais velhos. Como será que uma pessoa com o corpo modificado dessa forma se portará após 20, 30 anos? A passagem do tempo, em geral, deixa as pessoas menos abertas a experiências mais radicais (com exceções, claro), então eu fico pensando no que essa pessoa faria quando a euforia da mocidade se encerrasse.
A última questão que me preocupa é o caso de prática ilegal da medicina. Pelo que sei, o uso de bisturis, suturas e implantes sob a pele é privativo de médicos, assim, me pergunto se essas práticas poderiam ser encarados como ilícitos penais ou algo assim, se praticados por profissionais de body art que não sejam médicos.
Como na minha cabeça só tem perguntas, e nunca respostas, deixo essas questões para vocês pensarem também e, quem sabe, dividir comigo suas idéias.

Um comentário:

LuMa disse...

Meu conhecimento sobre leis é tao escarso que não saberei o que dizer, mas como uma possível paciente, eu não colocaria o meu corpo à disposição de um profissional que não seja um médico. No caso tatoo, eu chamo de arte apenas pelo seu aspecto estético, mas sob ela, deve ter a garantia da Ciência.