domingo, 17 de abril de 2011

Eu nem gosto muito de Private Practice, mas hoje diante do tédio absoluto e da ausência absoluta de opções na TV, tava lá na frente dela quando passou a reprise do episódio da semana.
Um dos médicos, Pete, teve uma história familiar ruim, com pai inexistente e mãe alcoólatra, drogada e que quando aparece, está doente numa prisão. Ele tem ressentimentos imensos dela, já que não a teve por perto nunca na vida, mas cuida dela e acaba perdoando pela vida que não teve, numa típica catarse da ficção.
O caso é que ela finalmente morre e dói pra caramba nele, o que a Violet decifra como uma dor do que poderia ter sido, da decepção do que ele esperou e não teve.
Eu, uma manteiga derretida bobona e chorona assumida, de repente me vi um pouco naquela história. Quando meu pai morreu, também doeu pra caramba, mas foi apenas pelo que não aconteceu, pela não vida que tivemos, pelo não amor que manifestamos um em relação ao outro.
Despedir-me de alguém de poderia ser sido, realmente, alguém na minha vida, foi uma das piores coisas que já me ocorreu nesses 31 anos. Num seriado boboca da Sony, uma coisa que aconteceu há 12 anos doeu de novo.
Acho que vou parar de ver TV.

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