sábado, 23 de abril de 2011

Eu poderia falar do seu jeito simples, do seu cabelo fino, dos seus olhos verdes. Poderia falar do seu silêncio contido, das dores contidas, dos sentimentos contidos.
Eu poderia contar da historinha do menino Jesus e seus passarinhos de barro, ou poderia dizer que você me ensinou a ler e me mostrou o que é amar incondicionalmente, apesar de qualquer coisa.
Nada disso, vó, vai traduzir o tamanho do meu amor por você, nem da dor que eu estou sentindo agora, nem mesmo da saudade que sentirei quando os dias forem passando.
Vou te amar pra sempre, minha doce e linda avó Amélia.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Prezado ano de 2011, a cota de porcarias, cagadas e más notícias já se encerrou, né? Eu espero.

Update: Pelo visto, não acabou ainda não.

domingo, 17 de abril de 2011

Eu nem gosto muito de Private Practice, mas hoje diante do tédio absoluto e da ausência absoluta de opções na TV, tava lá na frente dela quando passou a reprise do episódio da semana.
Um dos médicos, Pete, teve uma história familiar ruim, com pai inexistente e mãe alcoólatra, drogada e que quando aparece, está doente numa prisão. Ele tem ressentimentos imensos dela, já que não a teve por perto nunca na vida, mas cuida dela e acaba perdoando pela vida que não teve, numa típica catarse da ficção.
O caso é que ela finalmente morre e dói pra caramba nele, o que a Violet decifra como uma dor do que poderia ter sido, da decepção do que ele esperou e não teve.
Eu, uma manteiga derretida bobona e chorona assumida, de repente me vi um pouco naquela história. Quando meu pai morreu, também doeu pra caramba, mas foi apenas pelo que não aconteceu, pela não vida que tivemos, pelo não amor que manifestamos um em relação ao outro.
Despedir-me de alguém de poderia ser sido, realmente, alguém na minha vida, foi uma das piores coisas que já me ocorreu nesses 31 anos. Num seriado boboca da Sony, uma coisa que aconteceu há 12 anos doeu de novo.
Acho que vou parar de ver TV.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Hoje no almoço, eu, Mr. Marido e um amigo discutíamos, como especialistas que não somos, o caso do atirador de Realengo e daí os rapazes disseram que viram na TV vídeos e outras coisas produzidas por ele.

Quando meu irmão esteve internado num hospital psiquiátrico por causa de um surto provocado por transtorno bipolar, eu e Mr. Marido presenciamos uma senhora idosa, pobre e triste, procurando ajuda na secretaria do hospital pois sua filha estava em crise, quebrando a casa inteira e ela não tinha meios, forças ou condições de interná-la à força.

A conclusão a que chegamos, depois de comentar essas duas histórias, é que não se tratava de um bandido, monstro ou animal, mas uma pessoa com sérios problemas mentais e afetivos, que não teve ajuda profissional adequada e virou aquela máquina de matar. Do mesmo modo, a filha da senhora que chegou à secretaria do hospital não era uma marginal ou vagabunda, mas alguém com uma alteração mental grave que precisava de atendimento.

O Brasil avançou bastante nos últimos 10, 15 anos nas políticas básicas de saúde, porém nem começou a engatinhar nas ações de promoção e tratamento da saúde mental. Não existem hospitais psiquiátricos públicos (eu digo hospitais, e não depósitos de gente) ou tratamentos específicos e adequados para portadores das várias enfermidades mentais que podem nos acometer, de uma hora para outra, como aconteceu com o meu irmão.

Minha tristeza está relacionada justamente com as consequências disso tudo: um rapaz jovem, com toda a vida pela frente, que tirou a vida de 12 crianças inocentes e que, por fim, será enterrado como indigente.

Vamos refletir.
Marcelo Del Debbio é um cara genial, que escreve um monte de coisas bacanas sobre religiões, mitologias, Maçonaria e outras coisas. Sempre leio o blog dele porque, mesmo que eu não seja crédula naquilo tudo, é uma ótima fonte de formação de pontos de vista e também de cultura.

Neste post aqui o cara fala sobre a linhagem de Arthur, sobre Merlin e sobre José de Arimatéia. Você pode não acreditar, você pode achar delirante, mas numa coisa temos que concordar: a história (ou estória) é legal demais.
Nesta semana mesmo eu perguntei dela, a diva porralouca Amy Whinehouse, e taí uma foto dela mais gordinha, sem aquela cara de atropelada que estava exibindo nos últimos tempos.
O jornal "Estado de Minas" de hoje traz uma matéria muito legal sobre a repatriação de restos mortais de membros da Inconfidência Mineira, informando que os restos mortais de Resende Costa serão depositados no Panteão do Museu da Inconfidência no dia 21 próximo, a data comemorativa mais importante para a história de Minas Gerais.

Eu sou uma manteiga derretida em dia de calor, e para mim foi absolutamente impossível não me emocionar diante do Panteão, mas eu sou uma boboca que tá ficando velha e cada vez mais emotiva, então não conta.

domingo, 10 de abril de 2011

Coincidência ou não, hoje passou "Carrie, a estranha" no Telecine Cult, um filme que fala sobre bulling e fanatismo religioso, uma mistura muito perigosa.
Eu li tanto absurdo sobre o caso de Realengo que prefiro não falar nada e homenagear as vítimas com o meu silêncio.