segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Todo ser vivo que habita a Terra está programado para se reproduzir. O objetivo principal da luta por alimento, da melhoria da aparência, dos rituais de formação de sociedades é, unica e exclusivamente, de manter o DNA do indivíduo (e da espécie, por consequência) ativo por aí. É assim com vírus, cogumelos, passarinhos, gatos e, porquê não, humanos.
Um belo dia na longa História Natural, o homem descobriu que o sexo, além de fins reprodutivos, também poderia ser uma fonte de prazer, um belo passatempo (imediatamente após isso, surgiu a culpa, mas isso fica para outra hora). Assim, além dos golfinhos e dos chipanzés, se não me fala o meu profundo (como um pires de café) conhecimento em biologia, o ser humano é uma das espécies que pratica o sexo não apenas para fins reprodutivos, mas também para alcançar prazer, dele e o parceiro.
A evolução seguiu e o ser humano notou que muitas vezes ele não conseguia um parceiro, mesmo que já conseguisse tomar banho, vestir roupas e escovar os dentes. Percebeu também que arrastar o parceiro à força nem sempre era uma boa idéia mas, olha que esperto! talvez com presentinho as coisas ficassem mais interessantes e então não faltou mais nada para que se criasse (ou descobrisse) o infindável mundo do sexo pago.
Esse tema perturba a minha cabeça há anos. Já falei aqui no blog que sou incomodada pela prostituição e pela venda da imagem do corpo para fins de entretenimento sexual. Recentemente a @_bani me indicou um vídeo sobre as prostitutas da Praça da Luz, em São Paulo; mulheres mais velhas que se dedicam ao comércio do corpo desde que eram garotas; fiquei estarrecida e confesso que chorei. Ontem vi um documentário chamado “Pornô dos Outros”,um TCC de 12 minutos contendo entrevistas realizadas com nomes famosos do pornô nacional , como Vivi Fernandez, Rogê Ferro, Márcia Imperator e Pâmela Butt. Fora isso, li a dissertação de mestrado da Maria Elvira Diaz Benitez, sobre a produção de filmes eróticos no Brasil e que virou livro recentemente.
Estou pensando realmente em começar um trabalho de pesquisa mais dedicado, até pra ver se esse comichão passa, mas sei de pouca bibliografia sobre o assunto. Então, vamos combinar assim: se você tiver uma dica de documentário, vídeo, artigo ou livro sobre sexo pago em geral (prostituição, produção e venda de material pornográfico), você me indica e ganha um pirulito, fechado? :)

domingo, 29 de agosto de 2010

Gente, o que é a bunda da Valeska Popozuda? A melhor resposta ganha um pirulito.
Eu deveria arrumar meu guarda-roupa.
Eu deveria varrer a casa.
Eu deveria comer só uma saladinha no almoço.
Eu deveria depilar minhas pernas.
Eu deveria colocar minha planilha de orçamento em dia.
Eu deveria arrumar os papéis da minha bolsa.
Eu deveria hidratar meu cabelo e pinçar minha sobrancelha.
Eu deveria dar uma faxina nos meus e-mails.
Eu deveria ligar pra meus familiares.
Eu deveria...
Deveria...
Deveria...
Ao passar mentalmente a imensa lista de coisas que eu deveria fazer hoje, eu me pergunto onde fica o "eu quero". Eu quero assistir filmes e ficar de pijama o dia inteiro hoje. Eu quero almoçar a lasanha que sobrou de ontem. Eu quero ficar com o cabelo avacalhado e deixar pra lavá-lo no finalzinho do dia. Eu quero jogar videogame. Eu quero não fazer nada e descansar.
Dormindo todos os dias com vaporizador no quarto, mas mesmo assim acordo com a sensação de ter areia no nariz.
Não entendo absolutamente nada de jornalismo mas, como leitora, acho uma afronta à inteligência das pessoas a criação e o uso de apelidos para pessoas envolvidas em crimes.
Há alguns meses, Estado de Minas batizou um grupo supostamente envolvido (ainda não foram condenados, então é supostamente mesmo) em homicídios como "bando da degola". Mais recentemente, o empresário acusado de dar um golpe milionário em investidores foi apelidado de "Madoff mineiro". Pra quê isso? Porque não usar os nomes das pessoas nas notícias, ao invés de criar personagens?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"Mu de Aquário" é a mãe, Srtª Inquietudine.
UPIDEITE: A @tatals me informou que é Mu de Áries, mas continua sendo a mãe da @inquietudine.
Cadê o inverno?
E ontem teve #Heleninhas, com a digna participação de um Bolinha perdido no meio daquele monte de mulher maluca.
Só não posto partes dos assuntos que rolaram ontem porque este é um blog de família, mas, caras, tô passada na manteiga.
Estou inchada. MUITO inchada. É só o tempo seco demais ou estou morrendo?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ah, esqueci de falar: óculos para leitura também, por inacreditáveis R$ 20.
Eu podia tá matano, eu podia tá robano, mas eu tô aqui pra te dizer que você que é de BH e quer comprar óculos de sol de boa qualidade (não são falsificações!) ou armações para seus óculos de grau num preço muito camarada vai ter que falar comigo.
Modelo idêntico ao Rayban Wayfarer por R$ 49,90 em todas as cores do universo.
Armações para óculos de grau de R$ 49,90 a R$ 89,90.

domingo, 22 de agosto de 2010

Ansiosa e querendo comer o mundo. #comofas?
Quinta, depois de um dia tenso demais para o meu gosto, convidei o R. para um chope "vermelho" Falke Bier no Frei Tuck. Ele quis tentar outro lugar, para me levar em um bar onde costuma ir com amigos, o Tizé, que estava ridiculamente cheio e com fila de espera. Rodamos, rodamos e cheguei à conclusão que os bares da região Centro-Sul de BH ficam ridiculamente cheios, mesmo com tantas opções na cidade. R., frustradíssimo, me seduziu a ir ao Eddie Burguer, no Pátio, opção que eu aceitei de pronto.
Pensamos e dizemos ao mesmo tempo: finalmente um lugar não-lotado! O Eddie do Pátio estava bem vazio, o que nos permitiu sentar nos sofás vermelhos com bastante privacidade e espaço. R. pediu o Fisherman, de salmão defumado, o preferido dele. Eu fui de Italyan, o garçon perguntou o ponto da carne, ao que eu disse "de ao ponto para mal passado por favor". Pedimos também free refil de mate, que é o nosso habitual na casa.
Em 10 minutos veio o pedido. Meu hamburguer (ou lanche, como se diz em Lalongistão) veio com pão fresco, carne no ponto pedido, rúcula, tomate seco e mussarela de búfala. Esta última, praticamente inexistente. As batatas congeladas infelizmente tiram um pouco o brilho da casa, que tem ótimo hamburguer, apesar do preço não muito convidativo (média de R$ 20).
No fim das contas, o chope ficou pra depois, mas voltei pra casa feliz, com a sensação de ter pisado novamente em território seguro.
Recomendo.
Sentimentalismo boboca num domingo à tarde, você vê por aqui.
Num período da minha vida, moramos numa casa muito grande, com uma área de festas e churrasqueira. Ironicamente, só fizemos uma única festa lá. Foi na despedida do meu primo-irmão, quando se mudou do ES para MG.
Eu me lembro daquele dia com muito carinho, e algumas lágrimas nos olhos também. Fiz uma torta de frango e requeijão, clássico familiar, embora a minha mãe se esforçasse ao máximo para denegrir meu ainda iniciante talento culinário.
Minha onipresente tia M. veio da cidade dela para nos ajudar com o "evento", que teve o impagável episódio da lona... tenhoque contar porque é ótimo. Meu queridíssimo e amado tio Dilson, o pai que eu não tive (mas que depois se tornou pai, até me levou para o altar quando casei) e que o Deus que Nele creio levou para Si tão cedo, previu que naquele sábado de fevereiro ia chover. Região de montanha no ES, Lálongistão é quente e úmido, como é o estado todo. Decidimos, então, colocar uma lona na área próxima à churrasqueira, no caminho entre a dita cuja e a garagem, para que ninguém ficasse molhado.
Passamos a tarde toda brigando com a lona, bem castigada pelos pedreiros que construíram a casa, mas, mesmo meio capenga, a dita ficou no lugar. Lógico que Murphy é rei e depois de todo o trabalho, as nuvens de chuva simplesmente foram embora. Risadas e risadas, eu e o meu querido tio só balançamos a cabeça.
Chegou a hora da festa. Tios, primos, alguns amigos, violão, piadas, muitas risadas. Churrasco, torta de frango. Risadas. De repente, a chuva desceu. Eu e o tio, gloriosos embaixo da lona, só sorríamos: eu, debochada, no alto dos meus 17 anos, falava pelos cotovelos e ele, daquele jeito que só ele tinha, sorria com o canto da boca. Como fomos felizes naquele dia.
Esse episódio ocorreu há mais de 10 anos mas ainda está bem firme na minah cabeça. Depois ao dele, passamos períodos de muita angústia, muitas lágrimas, mas acho que a minha memória não me trairá e não permitirá que eu esqueça.
Meu lindo tio, meu "pai preto", como ele se entitulava, nos deixou em 2006, vítima de um infarto idiota que nos privou daquele sorriso contido, daquela ironia finíssima. Merda de saudade.
De repente eu me vi morando numa casa com quintal, cozinhando para um monte de pessoas queridas. Não sei se estava dormindo ou acordada, mas bem queria que fosse verdade. Será que vai demorar muito pra se tornar realidade?

domingo, 15 de agosto de 2010

Carboidrato é vida, mas o meu endócrino não entende isso.
Já postei aqui que me interesso bastante por conhecer os agentes do comércio do sexo (prostituição, pornografia, etc.). Não sou socióloga mas o assunto é do meu interesse porque envolve gente, e gente por detrás delas (sem piadinhas, please).
Bom, nada do que eu li até agora me espantou mais do que preconceitos e julgamentos que algumas pessoas fazem quando eu comento este meu interesse. Cara, que antipatia de gente ignorante.

domingo, 8 de agosto de 2010

Eu queria fazer as unhas toda semana.
Eu queria que o meu cabelo estivesse sempre razoável, ao invés de sempre avacalhado.
Eu queria tirar férias de verdade pelo menos 1 semana por ano.
Eu queria ter coragem pra resolver meus problemas.
Eu queria parar de postar loucamente coisas sem sentido.
Eu queria ser a Gwen Stefani quando o No Doubt lançou "Don't Speak". Continuo querendo, vários anos depois.
Eu quero acreditar (e vocês realmente precisam saber que eu quero acreditar) que não sou a única pessoa da face desta terra que briga com a balança, com a consciência, com o peso nela, com o fecho das calças, todo santo dia.
Quero crer que eu não sou a única que acha que as refeições são momentos únicos, em que podemos opinar sobre tudo, até sobre o que não entendemos coisa nenhuma, ou podemos ficar em silêncio, apenas mastigando e sentido o sabor. Diante de uma tigela de sopa ou um prato de risotto podemos pensar nas contas do mês, na saudade que sentimos de pessoas que já partiram, na agenda interminável de amanhã. Podemos ainda fazer declarações de amor, suspirando, diante do prato de talharim que cozinhou demais.
Eu gosto muito de pensar que talvez eu não seja a única pessoa do mundo que vê a comida como remédio, pois não tem ansiolítico no mundo que cause melhor sensação de bem estar que o mingau de fubá com alho e couve que a mamãe fazia quando éramos pequenos.
Diante da pizza que ficou crocante ou do lombo com laranja que ficou no ponto perfeito, tudo fica mais simples, mais fácil, mais divertido, mais interessante. Os problemas ficam menores, e até aquele vinho fuleiro que você comprou com os últimos caraminguás do seu salário fica mais interessante.
Eu queria, além de tudo isso, não estar doente e queria, depois disso ainda, gostar menos de comida. Como eu queria.
Meu e-mail está com vírus, meu pé de manjericão está com pulgão. Onde foi que eu errei, hein?
Eu ainda nem sei onde vou morar e já estou planejando como será a decoração da minha futura casa. A gente é meio bobo mesmo.
Caras, e a máquina de sorvete, hein? Que fiasco. Nenhuma tentativa deu certo. Eu sou uma tragédia em se tratando de comidas doces.
Sabe aquela coleção "A Grande Cozinha" que a Ed. Abril lançou há algum tempo? Pois é, eu andei comprando alguns exemplares. Não tenho todos, mas a maioria. Pois bem; eu preciso de espaço e quero vendê-los por um valor simbólico. Se você se interessar, me manda um recado?
Mamãe terá de operar o ombro; está com 2 tendões rompidos. Putaquepariu.
Teremos que mudar daqui. O proprietário do apê quer se mudar pra cá quando o contrato terminar (janeiro). Fiquei meio triste, porque acabei me acostumando a morar aqui.
Quebramos um pouco a cabeça e decidimos vender nosso carro para tentar comprar um local pra gente (casa ou apartamento). Nosso orçamento é super-ultra-uber apertado, mas andei fazendo pesquisas e olhando os classificados do jornal hoje para ter uma idéia do absurdo valor dos imóveis em BH. A aventura está só começando.
Os meus conceitos de caos, tempestade e furacão estão sempre se reinventando. Cansaço também está adquirindo um novo contorno na minha vida, sempre superando o anterior.

sábado, 7 de agosto de 2010

Ah, então, eu andei sumida, né? Pois é. Irei contando minha saga aos poucos. Você já me segue no twitter?
O maior mistério deste blog foi resolvido: o tal do clip do Bon Jovi em que o rapaz pula do prédio e pede a menina em casamento é do da música "All About Loving You", charada devidamente morte pela Cauks. Resolvido, seus obsessivos?
Oi, tudo bem? Você vem sempre aqui?