sábado, 29 de maio de 2010

Hoje tem canjiquinha com moela, prato clássico da minha infância e adolescência em dias frios. Pega um papel e anota a receita aí, cara-pálida.
Você compra 500g de moela (de frango, lógico) de preferência fresca, dá uma conferida geral, tirando possíveis resíduos de pele amarela e gordura, pica em pedaços que você ache que poderia comer de colher, sem precisar de garfo e faca, lava bem com vinagre e todos aqueles procedimentos que você faz com frango. Aí escorre e tempera com alho, sal, pimenta do reino e o que mais você gostar. Põe um fio de óleo na panela de pressão, deixa esquentar e põe a moela pra dar aquela refogada básica. Depois, coloca água o suficiente para cobrir, 1 colher de chá de colorau e tampa. O tempo de cozimento varia de acordo com a panela e o fogão; aqui pra mim são 30 minutos.
Depois desse tempo, você põe 1 xícara de canjiquinha, mais ou menos 1,5l de água quente e os temperos que gostar: cebola, tomate sem pele picado ou extrato de tomate, sei lá, vai pondo aí o que você gosta e corrija o sal, porque, né, sem sal não dá. Mais uns 15 minutos de pressão e você terá uma bela panela de carinho de mãe fumegante, que você vai comer com um fio de azeite e pimenta biquinho (que não arde), se gostar.
A minha tá pronta ali na cozinha e eu vou lá comer. Beijofazaí.
Estou sentindo falta de postagens no blog da querida LuMa, que escreve direto de Milão no Grãos de Areia (link aí do lado). Vê se fica bem, frô!
Eu acho que a minha vontade de cozinhar e também de escrever sobre comida está diretamente ligada com o grau de felicidade ou mesmo de tranquilidade pelo qual minha vida passa. Se estou bem, tenho vontade de ir pra cozinha, de sair pra comer, e depois contar aqui. Se não, não tenho vontade de fazer nada disso.

domingo, 23 de maio de 2010

Depois de um tempão tentando encontrar o horário na grade da TV, ontem finalmente consegui assistir ao filme "O exorcismo de Emily Rose".
O exorcismo é um dos temas religiosos que mais me deixa intrigada; na verdade, acho que para mim é o mais interessante mesmo, talvez porque eu veja como a manifestação física direta do Mal. Não digo isso como uma pessoa religiosa, coisa que não sou, mas como alguém que acredita que existe muito mais coisa nesse mundo do que é possível enxergar com os olhos.
Das poucas informações que já tive sobre o assunto, penso que a Igreja Católica é a que trata com mais respeito o caso de possessões e, obviamente, os possuídos. Algumas igrejinhas caça-níqueis e grandona "A Caça-Milhões" dão um tratamento pirotécnico e teatral ao tema, deixando transparecer que um caso de possessão não passa de retorcimentos e gritos histéricos com um microfone na mão, diante de uma platéia infelizmente crédula e assustada. Vou falar em outro momento sobre uma cena de "exorcismo" que assisti na dita Caça Milhões, que me marcou pela forma ridícula como as coisas são tratadas.
Enfim, o que eu queria dizer é que a manifestação física do Mal, em um corpo fisicamente frágil, é algo de mexe com os meus nervos e atiça a minha curiosidade a ponto de mexer também com o meu subconsciente, porque tenho sonhos recorrentes em que estou exorcizando uma mesma pessoa. Louco demais.
Tudo o que eu tenho lido sobre o tema, principalmente acerca das manifestações que foram tratadas pela Igreja Católica e as normas e rituais usados nos casos, me transmitem uma sensação de respeito ao caso e aos protagonistas, para evitar a exposição exagerada e, creio, também a banalização de algo tão sério. Já vi alguns programas no Discovey Channel que me deixaram bem impressionada, como o "caso Marta", por exemplo (algumas informações aqui e aqui), e aqui tem algumas instruções do então Cardeal Joseph Ratzinger sobre o tema, além de informações gerais aqui. Muita literatura existe por aí e alguma coisa no site do Vaticano, mas eu sinceramente não tive paciência de procurar agora.
Ontem eu assisti finalmente ao filme do qual falei acima. Eu ainda não assisti ao famoso "O exorcista", mas assisti à continuação que fizeram dele, "O exorcista - o início" (acho que é isso), que achei bem fraco. O caso de Emily Rose foi baseado em uma história real, de uma garota alemã chamada Annelise Michel. O cerne da história foi a responsabilização criminal do padre que a auxiliou e atendeu, o que achei bem absurdo. Algumas sinopses do filme que eu havia lido indicavam que a garota havia morrido durante uma sessão de exorcismo, mas não é o que o filme diz; ela morreu depois de uma tentativa frustrada. O filme ainda diverge do caso real, pois o que aconteceu com Annelise foi muito pior do que o que o filme mostra. Vale lembrar que a Igreja Católica reconhece o caso da alemã como possessão demoníaca comprovada, e este é um dos poucos reconhecidos e documentados pela Igreja.
O filme me interessou bastante, também, por ser, na verdade, o julgamento do padre, por motivos óbvios. Não é um filme de terror, muito menos um filme tipo"O júri" ou coisas baseadas no gênero tribunal; também não é um filme de terror, mas algo bem mais sutil. Para mim, trata da dificuldade de se tratar de casos que envolvem questões sobrenaturais sob uma ótica lógica, e não apenas emocional ou religiosa.
Acho que o filme vale a pena por "futucar" também os medos das pessoas, mesmo os céticos mais convictos. Recomendo.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Minha sobrinha Maria Carolina nasceu, com sua indefectível cara de joelho e cabelinhos pretos. Bem vinda, querida sobrinha!

domingo, 16 de maio de 2010

Meu novo amigo Daniel me disse via twitter que eu confundi conceitos no meu post sobre as eleições (obrigada, Daniel, vou tentar me informar mais), então, aviso aos navegantes: eu não entendo nada de política. Nada mesmo. Posso ter escrito um monte de bobagens. Entretanto, o que escrevi é a minha opinião, e não espero que concordem comigo. Só queria mesmo dizer o que penso.
Então.
Eu falei no twitter que não ia dar minha opinião sobre as eleições que virão, mas eu me referia à opiniões naquela plataforma de comunicação. Deixei até de seguir o Gabeira porque não é o assunto que quero ler por lá, mas vou tecer alguns comentários aqui no blog porque aqui é um espaço mais "particular", digamos assim.
Eu ainda não sei se vamos viajar para votar (não tranferimos o título por pura falta de tempo), e também não tenho uma opinião formada sobre o(a) meu(minha) candidato(a), mas eu sei que não votaria na Dilma, e digo o porquê.
Num primeiro momento, ela é candidata do PT. Isso, por si, já inviabiliza qualquer simpatia que eu tente ter por ela. Não consigo ver qualquer possibilidade de votar num governo que apóia o bando de criminosos que é o MST e seus desdobramentos. Também não vejo possibilidade de apoiar quem apóia a família Castro, o maluco do Irã, Hugo Chávez e Evo Morales.
Em relação ao MST, não preciso nem justificar o motivo. O respeito à propriedade privada, ainda mais a plenamente produtiva que gera um monte de empregos e paga zilhões em impostos, além de ser princípio básico de civilidade, é o mínimo que se espera de um movimento que é aceito e financiado pelo governo federal.
Apoiar a ditadura os irmãos Castro e a violência cometida pelos dois é outro motivo que me afasta do PT. Os cidadãos de Cuba estão morrendo lentamente de fome, fora as execuções e restrições à liberdade de opinião. Não adianta propagar que a ilha tem excelente sistema de saúde e nível zero de analfabetismo, porque pra mim saúde é ter o que comer, e de nada adianta todos serem alfabetizados se não podem expressar suas opiniões de forma livre.
O doidão do Irã é um cara que hoje merece toda a atenção da comunidade internacional. Deixar aquele maluco com um potente arsenal nuclear nas mãos é algo, pra mim, inimaginável, mas ainda mais grave é a opressão que o governo dele exerce sobre as liberdades individuais, sendo a homofobia e o machismo legalizados. É mais um que deixa as liberdades individuais de lado.
Apoiar a megalomania da ditadura Chávez a mim também parece uma falha imperdoável de caráter. O cara instituiu uma ditadura alucinada e está destruiundo a Venezuela a uma velocidade impressionante. Teremos uma nova Cuba muito em breve.
Outra coisa que me mostrou a falta de coerência do PT foi o propalado empréstimo de $ 200 e tantos milhões à Grécia. O Brasil tem problemas gravíssimos de infra-estrutura e saúde pública e não vejo qualquer coerência em emprestar uma montanha de dinheiro a um país europeu, quando o mesmo poderia ser usado em obras urgentíssimas de saneamento básico e moradia.
Tirando todas estas convicções políticas (podem ser furadas, mas são as minhas), de outro lado eu vejo a Dilma como o personagem mais fake que a política poderia produzir. Não tenho nada contra a pessoa ou a biografia dela, até acho, inclusive, que a atuação guerrilheira contra a ditadura militar não é nenhum benemérito, mas não vejo qualquer convicção na postura ou nas palavras da candidata. A ausência de carreira política ou mesmo de exercício de qualquer cargo público anterior não lhe dá biografia para ocupar a presidência do país.
Eu posso não saber em quem vou votar, mas já sei em que não vou.

sábado, 15 de maio de 2010

Acho que a partir desta semana a minha vida está voltando pros eixos, apesar de eu estar trabalhando num ritmo frenético que me deixa muito, muito cansada.
Eu acho que fiquei meio preguiçosa do blog, mas não pretendo abandoná-lo; quero voltar a escrever, falar de comida e trivialidades, e algum assunto mais sério quando bater a inspiração. Obrigada por continuarem vindo aqui.
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Na 5ª feira fui me encontrar com as queridas Érika, Rozzana, Mariamma e Samanta, e tive o imenso prazer de conhecer o Daniel e a Bani. Já tinha algum tempo que eu não ria tanto. Foi uma prazer imenso conversar com eles. O Daniel é um gentleman, e a Bani é uma pessoa tão incrível e com um senso de humor tão apurado que eu realmente fiquei feliz em conhecê-los.
Fez um frio louco nesse dia e eu acabei adquirindo uma linda infecção de garganta que, ao que parece, está até civilizada para os padrões aos quais estou acostumada.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tô super atrasada com a seção "buscas esquisitas que vieram do Google", mas este mês de abril o movimento foi mais fraquinho.
Algumas, porém, não posso deixar de mostrar pra vocês.

assistir filme no linux satux
Nem tenta, cara, você vai passar muita raiva. Melhor no DVD.

contos de incestos e sexo
Blog errado, cara pálida.

dvd oke para adolecente
Não dê nada que faça barulho a um adolescente, ou você se arrependerá amargamente.

freze suas palavras me machuca
Não entendi. Próximo!

lista de palavras expressando a dor
Dor. Dor. Dor. Dor.

mae esquisofrenica
Ih, você também?

name da música clipe mulheres feias andando em motos pequenas
Oh, God, me ajuda a entender o que quer dizer isso!

palavras da mesma família de carne
Recorde de buscas no mês. Alguém sabe que diabos é isso?

quero dar um cata em alguém
Ow, eu também, mas é no alguém que tá ali no sofá vendo tv.

tem um clipe do bon jovi que o menino pulou do predio qual o nome da musica
(...)
Voltamos à nossa programação normal.
Ontem eu postei no twitter a minha indignação com cobranças, sobretudo afetivas e principalmente de quem não tem o direito de me cobrar nada.
Já falei um monte de vezes aqui que eu e minhas irmãs fomos abandonadas pelos nossos pais. Eu sei que a palavra "abandonado" soa muito forte, mas não vou usar eufemismos; para mim, conceber, gerar e parir 3 crianças e depois entregar o fardo a terceiros simplesmente porque não "deu conta" da situação não tem outro nome.
Então. Daí que a pessoa que se encaixa na categoria de "mãe" nos documentos dessa pessoa que vos escreve se seu ao direito de ontem me mandar um SMS cobrando ligação, lembrança, afeto, sei lá o que ela quer.
Eu não sou uma pessoa sem coração, tanto é que datas comemorativas dessa natureza me deixam muito desconfortável e aborrecida; se eu fosse uma pessoa desprovida de sentimentos provalmente ligava o "foda-se" e deixava isso pra lá. Infelizmente, não é assim.
O que me deixou e deixa profundamente incomodada nisso foi a cobrança por um sentimento que eu não consigo fingir que tenho, e vindo de uma pessoa que não tem o direito de me cobrar absolutamente nada. Nada. Nunca me deu nada em termos afetivos, referenciais, materiais. Nada. Quer me cobrar o quê, caráleo?
Eu sei que a questão da esquizofrenia deixa as coisas mais difíceis do que seriam em circunstâncias outras, mas vamos combinar que também a pessoa jamais se esforçou para qualquer coisa que seja; jamais pensou que haviam 3 garotinhas assustadas, separadas uma das outras, sem referência de pai e mãe, com medo de uma pessoa que alternava momentos de agressividade extrema e grandes períodos de loucura causada pelo consumo de substâncias químicas diversas.
Essa pessoa se sente no direito de, quase 30 anos depois, me mandar um SMS cobrando reações sentimentais numa data comemorativa na qual eu não ponho a menor fé.
Putaquepariu.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Frio em BH. Delícia. Uma pena o tempo estão tão seco.
Da série trabalhos domésticos que enchem o saco e destroem a minha coluna: passar lençol de elástico. Que tarefa ingrata, meu pai.
Oi, meu nome é Adrina e eu emagreci 6 fucking quilos.

:)
Pois é.
Dentre outras zilhares de coisas confusas ocorrendo neste momento na minha vida, estamos percebendo que vovó está quase se despedindo da gente. Aquela senhora pequeninha e branca, de cabelos finos e olhos verdes e que me ensinou a ler está dando sinais de cansaço do mundo. Desligou-se da realidade, deixou de reconhecer seus filhos e netos, perdeu a noção de si.
Ai, como dói.