quarta-feira, 30 de junho de 2010

Minha cabeça dói de uma forma que eu não conseguiria explicar.
*
Será que é porque amanhã eu farei exames?

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pra encerrar por hoje, alguém me diz PELOAMORDEDEUS que clipe é esse do Bon Jovi em que alguém pula do prédio, para eu colocar aqui e saciar a curiosidade da média de 80 (eu disse OITENTA) pessoas que caem aqui, todo mês, procurando essa droga?
A definição perfeita para mim nesse momento é: pessoa que tem problemas e tem feito o possível para postergar a solução dos mesmos.
Você já foi à Sala das Idéias? Não? Acho que deveria ir.
A sala das idéias é uma idéia (jura?) do Herderson, do excelente blog Depokafé. A proposta da Sala é ser como um RPG; você chega e dá continuidade à história que já começou a ser contada por outras pessoas.
A turma que participa lá é bem legal, e cabe mais gente; aliás, precisamos de mais gente pra deixar a história mais animada. Vamo tomar um Blood Mary?
Tanta informação ao mesmo tempo na minha cabeça me deixou confusa. Fui olhar o extrato do banco e piorou. Conseguirei dormir hoje?
Preguiça infinita de casamento de "famosos". E "famoso" por acaso é profissão, Brasil?
Eu cometi um ato de crueldade.
Eu já falei aqui da minha (des)estrutura familiar e de todas as implicações emocionais que isso tem na minha vida. Falei das cobranças que recebo e das cobranças que me imponho por tudo o que aconteceu.
Hás dias fiquei sabendo que a minha "mãe" biológica andou aprontando lá em Lá-longistão e que tinha dado trabalho à minha irmã do meio, que havia dado à luz naquela semana. Pensei que, inevitavelmente, mais dia menos dia ela ia me ligar. A estratégia dela, consciente ou não, é tentar reverter todas as situações em seu favor.
Há dias ela está me mandando mensagens pelo celular, certamente esperando que eu ligue de volta; na verdade, por muito tempo eu fiz isso, mas desta vez não.
Hoje ela telefonou. Fez um puta drama, dizendo-se injustiçada "pelas pessoas que tiraram as filhas dela". Oi? Tiraram? Na verdade, as corajosas pessoas que nos aceitaram o fizeram meio que por falta de opção; você acorda de manhã tem uma criança sentada na sua área de serviço e você faz o quê? Chama o carteiro e diz que ele entregou a encomenda na casa errada?
Bom, sei que eu perdi a paciência. Estou de saco cheio e fiz questão de dizer isso. Falei para ela parar de me ligar porque eu estava precisando de ficar sozinha e de silêncio. Disse que eu tinha problemas e ninguém ligava para me perguntar como eu estava. Encerrei o assunto e desliguei o telefone.
Puta merda. Tem mais de 25 anos que ela se esforça sistematicamente para me tirar do sério, para bagunçar meus sentimentos, para revirar minha cabeça. Fiquei mais puta ainda e mandei uma mensagem imensa, dizendo para ela parar com esse drama e ir viver a vida dela. Se, quando éramos pequenas, ela não deu conta da tarefa de cuidar de nós, outras pessoas deram, mas ela tinha a obrigação de parar de revirar isso. Para nós, mais de 25 anos depois, isso não importa mais. Nós temos o direito de viver sem ter o nosso passado revirado o tempo todo, por quem quer que seja.
Eu nem sei porque escrevi isso aqui, e também não sei se vou deixar ou se vou apagar. Eu também sei que fui cruel, mas eu tenho limites.
Eu preciso* comprar sapatos, os meus estão em estado de calamidade, mas eu quero muito comprar umas panelas que dariam pra comprar, sei lá, uma loja inteira de sapatos. Dadas as condições atuais, não vou comprar nenhum dos dois, mas você mede a pessoa pelas ambições que ela tem.

*Preciso - do verbo precisar mesmo, porque estão realmente velhos e gastos, principalmente os que uso para o trabalho.

domingo, 27 de junho de 2010

São 9 e pouco da noite e eu me lembrando que amanhã trabalho 1 hora mais cedo por causa da droga do jogo. Saco.
Eu nunca li nenhum livro da série Crepúsculo, nem vi nenhum filme. Devo começar?
E essa copa do mundo, hein?
Sabe o que eu queria mesmo?
Queria ter um HD no lugar na memória, com os fragmentos da minha vida separados por pastas. Aí, eu pegava uma pasta que tem lembranças ruins, coisas que eu gostaria de apagar da minha vida, e simplesmente pressionava o "delete".
Queria muito esquecer um dia em que mandei um e-mail meio truncado pra uma pessoa e o babaca do meu irmão pegou na caixa de saída do outlook e mostrou pra minha mãe, que encheu o meu saco por semanas.
Queria apagar o dia em que, eu criança e a minha irmã do meio menor ainda, eu falei pra ela não ficar comigo no intervalo da aula porque eu queria ficar com as minhas amigas (isso me dói tanto tanto até hoje que eu tenho vontade de ligar pra ela e pedir perdão de novo, 25 anos depois).
Queria esquecer do dia em que enterrei meu gato. E o meu pai. E o meu avô.
Queria esquecer tanta coisa, Deus meu.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

Ei, você, visitante de Blue Bell, Pennsylvania, que gastou um tempão lendo aqui: volte sempre!
Agora há pouquinho eu e a Érika (@inquietudine) travamos uma conversa (bem, o que pode ser compreendido como conversa em 140 caracteres) pelo twitter acerca do Estatuto da Igualdade Racial. Papo de alto nível, lógico, porque a Érika entende tudo e mais um pouco de Direitos Humanos.
Antes de mais nada, tenho que dizer que respeito muitíssimo a questão do racismo e todas as outras questões de preconceito: homofobia, sexismo, violência contra a mulher e a criança, intolerância religiosa; todas estas questões são muito importantes e envolvem direitos intrínsecos do ser humano. Todavia, pelo que vi em pouco tempo de trabalho na área de ação social, o maior problema do país não é racismo, é pobreza mas que, vamos esclarecer, não impede que estas outras questões sejam amplamente discutidas.
Eu não acho que o dito Estatuto vai solucionar o problema da desigualdade no Brasil. Temos aqui, segundo o IBGE, 6% de negros e 41% de mestiços; fora isso, temos uma quantidade imensurável de pessoas que não são nem classificáveis em termos de "cor" ou "raça", porque somos muito, muito, muito misturados.
A pobreza impede que o cidadão tenha escolas com educação de verdade, porque a educação pública está sucateada, com professores mal preparados, mal remunerados e sem segurança, impedindo que crianças pobres cheguem à universidade pública.
A pobreza não dá ao cidadão um serviço de saúde decente, pois os hospitais são insuficientes; não há médicos, enfermeiros, biomédicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais em quantidade sucifiente para atender a todos. Uma cirurgia ortopédica simples pelo SUS tem fila de espera de 3 anos na maior parte do país.
A pobreza impede que o cidadão tenha moradia decente e ele se amontoa nas favelas, em cima de lixões, em moradias sem banheiro, sem água tratada, sem sistemas de esgoto, sem quartos e camas suficientes que respeitem a privacidade e intimidade dos moradores.
A pobreza, meus caros, afasta do cidadão do acesso à justiça e, pasmem, o pobre precisa da defensoria pública ofertada pelo Estado para, na imensa maioria das vezes, processar o próprio Estado, que lhe nega o básico que a Constituição e as Leis prevêem.
A pobreza, amigos, impele os idosos às mendicância, depois de uma longa vida de trabalho pesado.
Olha, gente, desculpa aí, mas o problema imediato do país, o NOSSO problema (sim, meu, seu e do Estado, governado por quem colocamos lá) é a POBREZA. A pobreza nivela todos por baixo; coloca o branco, o negro e o índio no bolo da ausência de dignidade.
Penso que a diminuição das desigualdades sociais vai dar ao negro (e também ao branco pobre e ao índio indigente) condições muito melhores de educação, saúde e moradia; a lei que afirma que isso é direito do afro-descendente esquece que a Constituição já diz, desde 1988, que tudo isso é direito de todos, sem exceção.
Eleições + votação de projetos de lei ridículos (leia-se Estatuto do Nascituro e Estatuto da Igualdade Racial) = tenho muito medo dessa fórmula.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

1 hora no ponto de ônibus - sem que o ônibus passasse.
Frio miserável.
Carona no táxi de uma desconhecida.
Fome.
Casa em petição de miséria.
Sozinha em casa.
Banho rápido na água que não esquenta e você esqueceu a toalha.
Você almoçou correndo um pedaço de pizza que te deu uma azia inacreditável.
*
Olha que amor foi o final do meu expediente hoje.
Hoje eu me alimentei exclusivamente de pizza. Show, né? Not.
Olá, senhores passageiros. Bem vindos a Belo Horizonte!
O dia está bonito e a temperatura local varia de "frio pra cacete" (máxima) e "não saio de casa nem f*dend* hoje (mínima). A sensação térmica, com o vento, pode levar a temperaturas de "puta que pariu" até "vou congelar, c*cete"
Tenham um ótimo dia!

domingo, 13 de junho de 2010

Acho esse lance de datas comemorativas e tal um negócio meio furado, porque simplesmente são datas inventadas pelo comércio para faturar um extra fora do Natal.
Mesmo assim, a gente aqui em casa aproveita para fazer um jantar, tomar um vinho (como se precisássemos de motivo...) e lembrar que somos, acima de tudo, parceiros nessta vida que está cada vez mais difícil.
Ontem resolvi repetir o risoto, cuja receita já postei por aqui, apenas retirando o parmesão e colocando somente brie como ingrediente principal. Também troquei o manjericão pelo tomilho, porque minha "mini árvore sagrada" está precisando de um tempo para brotar (o frio não tá ajudando) e o tomilho resolveu ressurgir das cinzas e ganhar vários galhos bem novos e cheirosos. Ficou uma coisa de louco.
Como elemento "carne", optei por medalhão de filé (comprei uma peça ótima, sem cordão, no Mart Plus por R$ 17,90 o kg) envolto em bacon, temperado somente com pimenta moída na hora e pouco sal marinho e assado enquanto eu fazia o risoto.
O vinho, creiam, foi um chileno merlot chamado Tenta, que compramos por inacreditáveis R$ 9,80 no Epa (também tem no Mart Plus, que é da mesma rede). Lógico que um vinho de R$ 9,80 para acompanhar risoto de brie com medalhão de filé pode parecer uma heresia sem perdão, mas posso dizer que o vinho (do qual compramos mais 4 garrafas hoje) surpreende e é melhor que vários de R$ 25 que já comprei.
Como estava inspirada ontem, teve até sobremesa; nada mais que morangos picados com um creme de chocolate meio amargo por cima (1 caixa de creme de leite, 2 colheres de açúcar mascavo, 2 colheres de cacau em pó, em fogo baixo até dissolver o açúcar).
Posso dizer que já comi coisas incríveis, jantares excelentes, almoços fantásticos, mas também posso dizer que vai demorar anos para esquecer o jantar de ontem.
Obrigada, R., por fazer parte da minha vida há 10 dias dos namorados.
No final do mês de maio eu deixei de publicar as buscas esquisitas que vem do google porque estão muito repetitivas. Basicamente, as palavras chave estão relacionadas ao tal clipe do Bon Jovi em que alguém pula de um prédio e que até hoje eu não sei qual é, as tais palavras com f e v e buscas relacionadas a bares e restaurantes dos quais já falei aqui (Churrasco do Baiano, Spetim, Primeli Bistrô, Buffet Baghawan).
Na semana passada é que apareceram coisas mais interessantes, como:
palavras usadas quando a pessoa está assustada no fake
juro que não sei; se é fake, faz alguma diferença?
calegas fudendo na academia
calegas?
bandeja de pizza gigante vazia
alguém chegou antes de você e comeu.
Eu fiquei mega p* da vida hoje. Fui preparar o almoço e descobri que um pacote de fusilli grano duro, de ótima qualidade, comprado há pouco mais de 30 dias, estava infestado de insetos. Não sei exatamente o que era, mas são uns bichinhos que eu já vi no milho de pipoca. Que raiva! Detesto jogar comida fora.

sábado, 12 de junho de 2010

Já faz um tempo que eu estou tentando domar a preguiça e postar aqui a salada de cebola que temos preparado em casa como acompanhamento para carnes assadas e quetais.
Mais fácil de fazer do que encher forma de gelo, tira você do tédio do vinagrete cebola-pimentão-tomate e deixa sua imaginação fluir. Você pode prepará-la com aquelas cebolinhas pequenas, cortadas ao meio, que produzem um efeito estético interessante, ou cebolas grandes, em fatias não muito finas ou pétalas. Você vai calcular as quantidades de acordo com o número de piratas somalis que vai alimentar, mas seja generoso, ok?
Então, considerando que você vai usar cebolinhas pequenas, descasque e lave uma boa quantidade delas (+/- 500g para 3 pessoas). Coloque uma panela com água no fogo e quando ferver, coloque as cebolinhas inteiras; 5 minutos de fervura são suficientes porque você quer apenas escaldá-las, e não fazer sopa de cebola. Escorra e parta as bichinhas ao meio.
O tempero é muito flexível, mas eu tenho usado a seguinte combinação: 1 colher de sopa de chimichurri comprado no Mercado Central, 1 pitada de pimenta calabresa, 1 colher de sobremesa rasa de sal marinho, 4 colheres de vinagre (comum ou balsâmico, depende do que você tiver em casa, ou meio a meio, que é o que eu faço) e uma quantidade generosa de azeite. Mistura tudo isso aí e adiciona às cebolas ainda quentes.
A partir daqui, você tem duas opções: servir morna ou fria. Eu prefiro morna, então procuro misturar os temperos antes para que o chimichurri e a pimenta se reidratem e liberem seus sabores. Se for servir fria, é só misturar e colocar na geladeira.
Sucesso garantido; vai por mim.
Ontem, à noite, depois de uma semana repetitivamente cansativa, o universitário da casa me sequestrou para uma picanha no Baiano, ali na Petrolina.
Chegando lá, Carlim, o garçom que lê pensamentos, já trouxe a nossa Brahma Extra e daí a pouco vem o Baiano, nos cumprimentar, vestido à caráter... de gaúcho!
Picanha perfeita, cerveja ótima, atendimento simpático e conta justa. Gente, saiam do circuito zona sul e venham pra zona leste comer bem, gastar pouco e ter atendimento vip. Não se arrependerão!
Bem, amigos da rede bobo! começou o mundial de futebol (sim, porque "copa do mundo" é o nome do troféu) e com isso, acabou a noção dos vizinhos portadores de cornetas.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eu parcelei a fatura do meu cartão e a partir daí a administradora religiosamente todo mês me manda folhetos com oferta de empréstimo. Perspicácia é isso aí.
Adrina, não é porque a sua sopa não tem carboidrato nem gordura, além de pouco sal, que você pode tomar 3 pratos. Você não vai emagrecer. Você vai, no máximo, levantar a noite toda para ir ao banheiro.
Só eu acho um saco esse negócio de eletrodoméstico da marca da multi-mulher? Homem não compra geladeira não, cara pálida?
Aliás, diante do mundo de comida que ingerimos neste final de semana, vou passar a sopa sem carboidrato o resto da semana. Acho que ganhei, pelo menos, 1 kg.
Minha emocionante noite de segunda-feira inclui arrumar a casa, que estava uma zona, lavar mais roupa (não acaba nunca) e fazer uma sopa que ficou ótima e me impede de tomar um só prato. Já estou no segundo, aliás, assistindo uma matéria sobre a serpente mamba-negra no Animal Planet. Uma coisa, neam?
O canal LIV, que era People & Arts (nome bem mais legal) está reprisando Dawson's Creek. A falta de talento da Katie Holmes perto da Michelle Williams é até humilhante, e olha que ambas eram apenas garotas.
De todo modo, D. C. me traz lembranças muito boas. Eu já quis ter um melhor amigo com quem podia conversar após remar um pouquinho e entrar pela janela. Eu já quis namorar um cara feito o Pacey (na verdade, muitos anos depois, um casei com um cara parecido com ele). Eu já quis ser a garota popular. Eu já quis ter uma vida legal e movimentada. Na verdade, quando eu era adolescente, o que eu queria mesmo era ter uma vida.
Olá, pessoas deste blog fantasma! Muito frio aí?