sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Desde o início de outubro uma nova fase se iniciou na minha vida profissional. Na verdade, as mudanças começaram a acontecer em junho, mas apenas no campo do planejamento, e em outubro eu saí do escritório onde trabalhava para tentar, com um outro aventureiro, uma carreira "solo em dupla".
Inicialmente, estamos praticamente por conta de um único grande cliente, que assegura o nosso sustento, e trabalhos esporádicos para outros. Este cliente tem uma empresa com grandes problemas, de naturezas variadas, e a nossa missão impossível foi tentar conter a represa, prestes a estourar a qualquer momento. Bom, até agora, a rachadura é grande, mas está aguentando bem, inclusive pela dedicação quase exclusiva, mas nossa outra missão é prospectar novos clientes para garantir nossa indepedência caso a inundação seja inevitável.
Em virtude dessas mudanças, o nosso ex-chefe enlouqueceu. Como saímos os dois ao mesmo tempo da equipe dele, levando conosco o seu melhor cliente (opção exclusiva deste, preciso ressaltar), o cara deixou de faturar um valor muito significativo para a mão-de-obra semi-escrava e barata que ele tinha (eu e meu colega, agora sócio) e, com isso, tem gastado todos os seus esforços em tentar manchar a nossa imagem perante outros colegas de profissão e pessoas do nosso pequeno círculo comum de relacionamento.
O resultado disso é que ele vem, a cada dia, alimentando derrota e frustação em sua vida, com toda a arrogância que lhe é peculiar, ao passo que nós estamos buscando, com todas as forças, crescimento e capacitação profissional, sem pisar nem passar ninguém para trás, diferentemente do que o moço em questão praticava.
Paralelo a isso, eu tendo andado muito cansada. Esse assunto já ficou repetitivo, eu sei, mas é inevitável para mim: a minha cabeça está funcionando a meia capacidade. Tenho andado desconcentrada, cometendo erros primários; às vezes passo grande parte do dia navegando pela net, enquanto os papéis se acumulam pela minha mesa, gerando frustação. Apesar de estar feliz pelos primeiros passos rumo à independência, eu ando apática, até com o blog, razão pela qual os post sobre comida vem sido mais frequentes, já que para mim cozinhar é como tomar um Prozac.
Enfim, este é um desabafo meio sem lógica, direcionado a pessoas que conheço apenas por aqui e a outras que eu conheço pessoalmente e que sei que leem o blog, apesar de não aparecerem nos comentários. Eu sinceramente queria que esse ano acabasse logo.

3 comentários:

LuMa disse...

Compreendo essa apatia e falta de estímulos no trabalho e, de consequência, querer postar argumentos muito distantes dessa realidade. Pessoalmente, sei de onde vem a minha apatia, e qualquer tentativa de sair desse sobe-e-desce de humor - por recusar prozacs e outras ajudas - acaba desembocando numa única saída: a de escrever, mesmo banalidades. Aliás, são as banalidade que me mantêm em pé, cê acredita? Forças, Adrina, pois tô contigo pra sair dessa juntas! Beijos.

Suzana Elvas disse...

Adrina, advogada-fofa-e-amiga;

Você já deve viver sobre o salto. Então. Eu estou aprendendo a subir no meu, e considero desde já 2009 encerrado. Ele já deu o que tinha que dar.

Eu tenho um caderno lindo, feito a mão, que recebi como presente de aniversário anos atrás. Quando eu acho que o ano que eu estou já bastou, abro o caderno e escrevo ali as minhas metas para o ano seguinte. A do ano passado - a mais importante - era conseguir um emprego e quitar as minhas dívidas médias mais urgentes. Consegui. E depois do maremoto que me forçou a curvar a espinha, já passei da fase de tossir e cuspir areia. Agora estou procurando lenha pra fazer a fogueira que irá, no fim, ajudar a me salvar.

Bjs (e obrigada, do fundo d'alma, pelo seu carinho e sua amizade)

Suzana

Adrina disse...

Vocês são umas lindas, isso sim. :)