quarta-feira, 16 de março de 2011

Eu ando chorona, mas não é de hoje. Acho que a dureza da vida tem me tocado mais com o passar dos anos, fora que os inúmeros problemas que me rodeiam estão me assustando.
Hoje saí cedo para colher sangue (exames de sempre) e parei num local no centro para comprar um café. Neste lugar vi uma moça humilde, mas bem cuidada e arrumada; nas mãos um papel, uma bolsinha pequena e uma sombrinha. Ela estava aguardando uma entrevista de emprego e a atendente do local lhe disse que a entrevista era às 15 horas. Ela respondeu num fio de voz, muito tímido, que ia esperar porque morava longe e não tinha como pagar passagem. Detalhe, ainda não eram 9 horas.
Não era nada, nada, nada, mas fiquei pensando na realidade daquela moça, nas esperanças que ela depositava naquela tentativa de trabalho e no quão longe ela morava para não retornar para casa. Mordi a boca, contive o choro e segui pensando naquilo.
Tou uma franga mesmo.

Nenhum comentário: