Olá, gente.
Serei breve: isso aqui já deu o que tinha que dar, muito embora o google me diga que vocês ainda aparecem de vez em quando. Bom, então, obrigada pelos comentários, pelo apoio, pelo carinho. Ficamos por aqui. Um dia, quem sabe, eu volto.
À cata de palavras
Estamos então, à procura das palavras. Tentamos assim delegar a elas a ingrata tarefa de expressar as nossas dores.
terça-feira, 10 de julho de 2012
domingo, 20 de novembro de 2011
Olá, pessoas!
Uma das coisas que mais faz sucesso no blog são as receitas que posto. Vejo pelas buscas do google que o pessoal põe fé no que eu faço na cozinha, e acho isso muito legal.
Hoje vou postar um dos meus "pratos únicos" preferidos, que geralmente faço à noite para economizar tempo e panelas sujas. Brinquei no twitter mais cedo que é o meu internacionalmente famoso penne com shitake e cebolinha.
Você põe para cozinhar em ágra fervendo com um pouco de sal meia caixa de penne (eu uso Barilla). Paralelo a isso, você lava uma bandeja de shitake para tirar aquelas areias que ficam grudadas, seca com papel toalha, descarta os talos e pica em tiras. Numa frigideira, você põe em fogo médio-baixo uma colher de manteiga e uma ou duas colheres de azeite; assim que a manteiga derreter, acrescente o cogumelo picado, uma pitada de pimenta do reino, outra de noz moscada ralada na hora e mais uma de sal e vai mexendo de vez em quando. Nesse intervalo, se o macarrão já estiver cozido, escorra e volte para a panela, colocando mais uma ou duas colheres de azeite e misturando, para a massa não grudar.
Assim que o shitake estiver macio (coisa de 3 minutos), acrescenta a cebolinha picada o mais fino possível e mistura à massa e... olha que difícil, está pronto. Um pouco de parmesão de qualidade ralado na hora e uma cerveja bem aromática, tipo a Paulistânia Escura, fazem ótima companhia.
Taí o seu (meu) jantar de domingo. Faz aí e me conta.
domingo, 13 de novembro de 2011
Como dizem que o ócio é o pai da gordice, neste domingo absolutamente ocioso vou deixar a receita de um "lanche" (como dizem meus conterrâneos capixabas) que é o meu salva-fome quando estou com preguiça, ou com poucos ingredientes na geladeira. É um sanduíche assado, que quebra um ótimo galho para laricas inesperadas.
Primeiro, você bate um ovo com sal e pimenta a gosto e, quanto estiver bem batido, acrescente meia xícara de leite. Separe 6 fatias de pão de forma e corte as beiradas para ficar mais uniforme se for do seu gosto. Passe as fatias de pão dos dois lados pela mistura e monte numa travessa que vá ao forno 2 sanduíches de 3 fatias, intercalando com queijo, sobras de frango desfiado, carne moída ou mesmo linguiça já frita e picada bem pequena (a preferência da casa), e rodelas de cebola bem fininhas. Se sobrar alguma coisa da mistura de leite e ovo, despeje por cima depois de colocar a última camada de pão e cubra com queijo sem mão-de-vaquice.
Coloque no forno a 200º (médio-alto) coberto por papel alumínio por uns 15 minutos, e depois deixe mais 5 sem o papel. Capriche um suquinho de maracujá e bom fim de domingo.
Ah, a receita dá pra 2 seres civilizados ou um ogro etíope.
sábado, 12 de novembro de 2011
Preparei, a pedido do R., um sal de ervas para o meu sogro, como um jeito de tentar frear um pouco o consumo desenfreado de sódio do velho, que anda com a pressão completamente avacalhada.
Preparei com as ervas que sempre tenho à mão e que compro no Mercado Central de BH, mas creio que você possa usar o que tiver à mão, nas proporções que mais lhe agradarem.
Usei 2 colheres (sempre de sopa) de gergelim branco, 2 colheres de salsinha desidratada, 2 colheres de cebolinha desidratada, 2 colheres de chimichurri desidratado, 1 colher de alho frito desidratado, meia colher rasa de pimenta calabresa e seis colheres de sopa de sal.
Coloquei metade do sal e fui colocando as ervas aos poucos, batendo e sacudindo o liquidificador para formar um pó uniforme. Depois de bem batido (uns 3 ou 4 minutos de trabalho), misturei o resto do sal. Encheu um vidro de azeitona (daqueles de 200g) e rende bastante. Pode ser usado para temperar ovos, saladas e carnes também, na mesma proporção de uso do sal puro, com a vantagem de se agregar muito mais sabor e bem menos sódio.
Aproveitei o embalo e peguei 3 pedaços de funghi secchi que estavam dando mole e triturei também no liquidificador com 2 colheres de sal. Virou um sal funghi cheiroso que não sei ainda no que usarei, mas o Google tá aí pra isso mesmo.
Minha família, como eu já disse aqui, é formada majoritariamente por mulheres. Meus avós tiveram 2 filhos e 6 filhas.
Um dos meus tios, o tio Marco, sempre foi um cara muito simples e humilde, mas muito agradável e bem humorado. Ele teve dois filhos, ambos portadores de distrofia muscular progressiva, e o mais velho, que tinha um ano a mais do que eu, faleceu aos 20 anos. Nem isso o abateu, apesar de quê passei a perceber seu sorriso mais tímido depois disso.
Meu tio Marco desenvolveu diabetes tipo 2 há uns 15 anos e, obeso e sem o devido suporte familiar, nunca conseguiu controlar as taxas direito. No último domingo, entrou em coma e não voltou mais. Estamos exatamente neste momento, infelizmente, aguardando o hospital informar que ele descansou.
Fica para mim, além do tempo em que tive o prazer de viver em sua companhia agradável, simples e feliz, a lição de que com diabetes não se brinca. Meu emagrecimento agora, mais do que nunca, virou questão de honra.
*
Vá em paz, tio Marco. Dê um abraço na vovó, no vovô e no Marcinho por mim. Vá com meu beijo e meu obrigada pelas lições sobre passarinhos, galinhas e peixes (suas paixões), e acima de tudo, meu agradecimento pelos muitos sorrisos sinceros.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Conhecer e me enveredar por um grupo de mulheres feministas fez com que eu me descobrisse feminista desde criancinha. Desde sempre eu me questionei do porquê da visão da minha família de que mulher foi feita pra sofrer, parir, lavar, passar e cozinhar, sendo que esta visão é compartilhada inclusive pelas mulheres.
Descobri também que me relaciono há 11 anos (completados dia 05.11) com um cara também feminista, que ajuda nas tarefas, que divide a conta, que é gentil, educado, honesto e me trata com carinho e igualdade.
Com a visão mais aberta e ampliada, também descobri que estudar e pesquisar sobre a ocorrência de situações que expõem a mulher à dominação ou humilhação de terceiros, principalmente [mas não exclusivamente] homens, são do meu interesse, para entender os mecanismos e discutir as consequências. No meio deste turbilhão de idéias e informações, eu descobri que o comércio do sexo me interessa (já falei disso aqui, não me lembro quando). Ultimamente, a indústria pornô tem despertado também meu interesse e tenho lido algumas coisas bem legais, que quero compartilhar aqui.
O primeiro link é uma entrevista com a psicóloga e escritora Gail Danes, que pesquisa e discute a pornografia na sociedade moderna e a humilhação das mulheres.
O segundo é um trabalho acadêmico, uma dissertação de mestrado, sobre a estética pornô, da Raquel Kämpf:
Leiam, pensem e, se puderem, venham dividir suas impressões comigo.
Sumi, voltei, sumi.
Muitas vezes vinham idéias bacanas pra escrever aqui, mas o twitter (sim, estou lá, no @adrinapoubel) rouba meu tempo, e também as próprias idéias, que ficam esvaziadas em 140 caracteres.
Este ano de 2011 foi um ano de merda. Muitas, muitas perdas; muitas, muitas frustrações. Zilhões de problemas de familiares, meus, e eu quase impotente diante de um turbilhão grande de emoções, tipos aqueles tufões de desenho animado, com vacas e casas voando junto.
Estou aqui, tentando ficar os pés no chão, cuidar dos outros, viver a minha [ótima] vida doméstica, cuidar de mim. É bom saber que ainda tem pessoas que vem aqui, que mandam comentários, que pesquisam receitas pelo google. Desculpe por não estar correspondendo à altura.
Vou tentar de novo, vocês ficam pra segurar na minha mão?
terça-feira, 26 de julho de 2011
domingo, 24 de julho de 2011
Interrompo o silêncio para comentar tristemente a morte de uma das maiores cantoras de soul que meus ouvidos tiveram o prazer de escutar. Jamais vou enjoar de "Back to black" pois foi um álbum que marcou um momento importante da minha vida, cheio de decisões e novidades.
É difícil entender porque alguém se consome em sua própria tristeza. Perdi o meu pai exatamente desta forma, e o que é mais desesperador é simplesmente não poder fazer nada (ou quase nada).
Amy, espero que você encontre para o alívio essa dor que a devastava.
domingo, 5 de junho de 2011
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Tem receita hoje, tia Adrina?
Sim, tem!
Vamos aproveitar que o outono chegou e fazer um creme de abóbora com gengibre? Demora no máximo 30 minutos e suja uma única panela.
Você pega um pedaço de abóbora (qualquer espécie) de uns 600g (para duas pessoas), descasca e põe para cozinhar com água, uma colher de chá de sal e uma pitada de cúrcuma (ou açafrão da terra), para reforçar a cor. Em aproximadamente 20 minutos estará cozido, então passe todo o conteúdo da panela para o copo do liquidificador (se o seu liqui não aguentar líquidos quentes, espere esfriar) e bata. Naquela mesma panela, refogue em azeite 1/4 de cebola picadinha (opcional), 1 dente de alho também picadinho e 1 pedaço de gengibre de mais ou menos 1,5 cm, igualmente picado bem fino. Quando a cebola ficar transparente, você acrescenta abóbora batida e deixe ferver em fogo baixo. Se estiver muito espesso, acrescente um pouco de água. Ferveu 5 minutos, tá pronto. Você pode acrescentar ervas a seu gosto ou mesmo queijo ralado na hora de servir.
Paralelo a isso, você pode pegar aquele pão italiano ou mesmo pão francês dormido, fatiar, e colocar num tabuleiro. Liga o forno. Bata no pilão um dente de alho com azeite suficiente até fazer uma pasta e pincele as fatias de pão com essa mistura. Leve ao forno para virar torrada (o tempo varia conforme o forno) e taí o acompanhamento da sua sopa.
Faz aí e me conta.
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